Fala galeris, tudo trankis? Simbora falar de uma equipe do
grupo A (A de amor, B de basquete... – AHÁ, pensaram que eu ia falar “baixinho”,
né? Aqui não vivemos o óbvio, só basquete)?
Pois bem, a vida da nossa querida seleção brasileira não
estará menos difícil na fase de grupos, temos como concorrente direta a seleção
australiana, ou OPALS. Para quem é bom de memória (ou não), foram as australianas
que venceram o Brasil naquela esquecível semifinal no Mundial de 2006, com a
lenda linda Lauren Jackson iniciando a reação da sua equipe, que estava atrás
no placar, com uma bola de três no começo do terceiro quarto.
Falando em LJ, a grande jogadora não estará disputando os
jogos olímpicos, em razão de ter anunciado a sua aposentaria das quadras.
Notícia essa que é excelente para os adversários, péssima para a Austrália e triste
para os amantes do esporte que não poderão ver a estrela australiana (e
internacional) brilhar nas quadras tupiniquins.
Entretanto, como é de conhecimento de todos, o basquete é um
esporte coletivo e as OPALS precisam viver sem sua principal referência. Para
isso, o técnico Brendan Joyce definiu o elenco como sendo :
Jogadora - Time que
defende - País do time
Laura Hodges - Tango Bourges Basket (França)
Elizabeth Cambage - Tango Bourges Basket (China)
Rachel Jarry - Basket Lattes (França)
Erin Phillips - Los Angeles Sparks (EUA)
Penny Taylor - Phoenix Mercury (EUA)
Marianna Tolo - Canberra Capitals (Austrália)
Katie-Rae Ebzery - Dynamo Moscow (Rússia)
Natalie Burton - Perth Lynx (Austrália)
Tessa Lavey - Perth Lynx (Austrália)
Leilani Mitchell - Adelaide Lightning (Austrália)
Stephanie Talbot - Canberra Capitals (Austrália)
Cayla George – Sopron (Hungria)
A capitã da equipe será a experiente e talentosa Penny
Taylor. Para os que não se lembram (sim, outro flashback), ela foi a melhor
jogadora do Mundial de 2006. Sim, aquele mesmo que aconteceu no Brasil. Sim,
aquele mesmo que a própria Austrália derrotou a seleção brasileira na
semifinal, Sim, aquele mesmo que as OPALS foram campeãs (isso não significa
nada, tal fato não irá se repetir, lógico que não).
Outras jogadoras fazem parte da geração do ouro de 2006: as
veteranas Erin Philips e Laura Hodges. E apenas outras duas atletas possuem
experiência em competições internacionais defendendo as cores australianas: Marianna
Tolo e Elizabeth Cambage. As outras sete competidoras são novatas na seleção
principal.
A convocação das jogadoras não foi a tarefa mais fácil do
técnico Joyce. Alguns cortes que aconteceram foram surpreendentes e geraram
polêmica na imprensa australiana. Abby Bishop que defende o grande time Seattle
Storm e Canberra Capitals, com experiência internacional e já defendeu a
seleção principal outras vezes; Sara Blicavs que foi uma das melhores jogadoras
da segunda metade da WNBL (campeonato nacional de basquete feminino da
Austrália) e promessa de brilhar no próximo Mundial e Olimpíadas; e a veterana
Suzy Batkovic que esteve no ouro de 2006, nas outras conquistas da seleção da
Austrália, levou o seu time (Townsville Fire) ao título da WNBL em março e
igualou o recorde da diva Lauren Jackson com quatro prêmios MVP.
Como forma de preparação para os jogos olímpicos, as OPALS
fizeram uma turnê pelos EUA. O primeiro time que enfrentaram foi o Canadá,
ficando a vitória com as australianas por 80-67.
O segundo jogo foi contra a quarta colocada no ranking
mundial, a França, e se pode dizer que a partida foi decidida no segundo
quarto, pois as australianas fizeram 24-9, o placar final foi 76-67 para o time
comandado por Penny Taylor.
O derradeiro jogo da Austrália antes do inicio das Olimpíadas
foram contra as donas da casa, os EUA, e um baita treino, pois com exceção do
terceiro quarto que as americanas venceram por 12 pontos, os outros períodos a
vantagem foi de apenas 3 pontos. O resultado final foi uma contagem centenária
para as anfitriãs 104-89.
Mesmo contando com sete jogadoras estreantes, com corte de
jogadora veterana em ótima fase, com o propósito de focar não apenas nas Olimpíadas, mas em construir uma base forte, vendo a sua maior estrela aposentar
por causa de problemas físicos (depois de muito lutar para tentar a última
competição nós te amamos LJ), a Austrália demonstrou através dos jogos treinos
que está com vontade de medalha e não apenas passeando pelo Rio.
OBS: as partes grifadas (aquelas com os traços) significam que possui um link para maiores explicações. =)
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